Considerado uma das figuras mais importantes do século XX, o líder revolucionário Ernesto “Che” Guevara continua propagando seu legado décadas após sua morte. Com as ideias e ensinamentos socialistas do médico, um grupo de pessoas na pequena cidade argentina de Jesús María, a 50km de Córdoba, província onde o guerrilheiro viveu dos dois aos 19 anos, fundou há quatro um time de futebol: o Club Atlético, Social y Deportivo Ernesto Che Guevara. A homenagem é inédita do mundo, e segundo o estatuto do próprio clube, é uma forma de "gerar uma nova cultura solidária e participativa nos adolescentes e nas crianças". O clube entra em campo pela Liga de Colón, onde enfrentam equipes amadoras. Atualmente, mais de 100 crianças e adolescentes, em categorias que vão desde o sub-10 até sub-16, defendem com orgulho a camisa do clube que, obviamente, conta com a famosa fotografia de Che Guevara feita por Alberto Korda na década de 60 e que se tornou um ícone pop. Filiado a Liga Regional de Colón, que está ligada a AFA (Associação de Futebol Argentino), o Club Atlético, Social y Deportivo Ernesto Che Guevara tenta conseguir uma sede própria, enauanto isso o time das camisas vermelhas atua em um campo na cidade de Colonia Caroya, vizinha ao sul de Jesus María. Em Colonia Caroya, os cerca de 30 jogadores do elenco do Ernesto Che Guevara treinam três vezes por semana, após realizarem seus estudos. A sede do clube, é a própria casa de Mónica Nielsen, uma ex-filiada do Partido Socialista Popular argentino. "Somos um pouco loucos, mas temos muitíssimos projetos, e muito ambiciosos". "A ideia é competir, e ganhar se for possível. Mas nosso projeto tem um fim social: resgatar as crianças as crianças através do esporte", completou. Coerente com a ideologia do ídolo, os atletas não pertencem ao clube e são livres para jogar em outro time a hora que quiserem. Sem vender seus jogadores, o clube se sustenta graças a Che: numa feira artesanal da cidade, são vendidos produtos com a imagem do ídolo, como camisetas, chaveiros e fotos. Mónica só mostrou um pouco de frustração com a falta de apoio de pessoas famosas do futebol, lembrando que muitas delas, argentinas ou não, possuem tatuagens alusivas a Che Guevara.
- Queria que eles, que possuem uma tattoo de Che, viessem aqui, observassem nosso trabalho e nos dessem uma mão. Seria muito importante para as crianças – disse Mónica, citando, indiretamente, o ídolo dos hermanos, Diego Armando Maradona, que tem na pele a imagem imortalizada por Korda.
- Queria que eles, que possuem uma tattoo de Che, viessem aqui, observassem nosso trabalho e nos dessem uma mão. Seria muito importante para as crianças – disse Mónica, citando, indiretamente, o ídolo dos hermanos, Diego Armando Maradona, que tem na pele a imagem imortalizada por Korda.
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