O Club Atlético Peñarol é um clube de futebol uruguaio sediado em Montevidéu. Sua data de fundação é 1891 (decano do futebol uruguaio). É considerado um do times mais tradicionais e vitoriosos da América do Sul, já que possui cinco conquistas da Copa Libertadores da América e três títulos mundiais. Manda seus jogos no Estádio Centenário, com capacidade para 76 mil espectadores. Seu estádio próprio é pouco utilizado para jogos oficiais, uma vez que sua capacidade é de apenas 18 mil espectadores, insuficiente para atender a média de 30 mil espectadores por partida no Campeonato Uruguaio. Dizem os cânticos, com veneração e paixão, que será eterno como o tempo e florescerá em cada primavera. É o Clube Atlético Peñarol, velho caminhante do futebol do Rio da Prata. As suas raízes remontam a 1890, quando a Empresa central de Caminho de ferro, dirigida por ingleses, decidiu erguer as suas novas instalações numa povoação dos arredores de Montevidéu, onde muito tempo atrás se instalara um agricultor italiano de nome Pedro Pignarolo. Com o tempo, o nome foi sendo moldado pelos locais, dando origem ao chamado pueblo de Peñarol. Em 1891, Mister Roland Moor, presidente da companhia, decidiu criar uma instituição desportiva, destinada à prática do futebol, a que deu o nome de Central Uruguai Railway Cricket Club, o CURCC, sendo suas cores, o preto e amarelo da empresa ferro carril. Seria só em 1913 que, no decorrer de uma entusiasta assembléia, surge a ideia de mudar o nome do clube, de forma a ficar clara a sua gênese uruguaia. O nome eleito seria, sem contestação, o da povoação onde nascera: Peñarol. Era o nascer dos primeiros grandes mitos aurinegros, como Juan Pena, Mazzucco, Los Camacho, Mañana, Isabelino Gradín, Acevedo e o elegante José Piendibene, que, grande goleador, nunca festejava os seus golos por respeito aos adversários. É então por esta época, meados dos anos 1910, que nasce uma visceral rivalidade, que atravessaria o tempo, entre os dois maiores clubes do Uruguai: Peñarol e Nacional, os monstros de Montevidéo. Em 1918 o Peñarol faria história no campeonato uruguaio com uma equipe que alinhava grandes valores do futebol, que poderia medir forças com qualquer quadro do orbe sem menoscabo.Eram eles:Roberto Chery, José Benincasa e Pedro Rimolo (Alfredo Granja); Juan Pacheco, Juan Delgado e J.Delacroix; José Perez, Armando Artigas, José Piendibene, Isabelino Gradín e Antonio Campolo. A conquista do torneio nacional deste ano acabou com a supremacia do Nacional que vinha de um tri-campeonato. Em 1921,durante a presidência de Julio Maria Sosa, surge a iniciativa de construir um estádio perto do famoso balneário montevideano de Pocitos,que chegou a abrigar alguns jogos do primeiro Campeonato Mundial de Futebol em 1930. Esse estádio foi demolido nos anos 1940. Na história do Peñarol figura o primeiro título nacional da era profissional, em 1932, mas apesar da presença de nomes grandes do fútbol uruguaio, como Pedro Young (El Tigre), Luis Matozzo (El Grande), Ernesto Mascheroni (prodigioso esquerdino), Obdulio Varela (El Negro Jefe), e, entre outros, Álvaro Gestido, imponente defensor que fez história ao travar e vencer o épico duelo com o avançado argentino Peucelle na final do Mundial de 30, as décadas de 30 e 40 foram de domínio do Nacional. Em 1949, o clube aurinegro forma um de seus mais famosos quadros de todos os tempos. Era uma equipa tão forte que formaria a base do conjunto uruguaio que arrebataria a Copa Jules Rimet em 1950 diante de um Maracanã com 200.000 pessoas. Essa alinhação, conhecida como La Maquina del 49 se compunha dos seguintes atletas: Flavio Pereira Natero (Roque Máspoli), Enrique Hugo, Mirto Davoine (Sixto Posamai), Juan C.González, Obdúlio Varela, Washington Ortuño, Alcides Ghiggia, Juan Eduardo Hohberg, Juan Schiaffino, Oscar Míguez e Ernesto Vidal. Luzindo um estilo artístico, lutador, com a bola a ser tratada com carinho latino americano, o Peñarol tornou-se famoso em todo o mundo, na década de 1960, quando após vencer a Taça Libertadores, também conquistou, por duas vezes consecutivas, 1960 e 1961, a Taça Intercontinental. Conta-se que quando entrava em campo, os seus jogadores logo iam avisando os adversários: Trouxeram outra bola para jogar? É que esta é só para nós, perguntavam sobranceiros. Era a era dourada de um histórico onze, que combinando a magia de grandes estrelas com o espírito lutador charrua, iria lançar o primeira grande ciclo do Peñarol, coroado com o inolvidável quinquenio, o penta uruguaio, resultado da conquista de 5 títulos consecutivos de campeão: 1958, 1959, 1960, 1961 e 1962.
FONTE: ARQUIVO PESSOAL E SITE DO C.A. PENHAROL
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