segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

COPA AFRICANA DE NAÇÕES 2012 - GABÃO / GUINÉ EQUATORIAL - GRUPOS E TABELA DE JOGOS

A 28 ª edição do Campeonato Africano das Nações será realizada entre 21 de janeiro e 12 de fevereiro de 2012 no Gabão e Guiné Equatorial. Neste torneio destaca-se a ausência de Egito, Camarões, Nigéria, África do Sul e Argélia, cinco dos maiores do futebol africano. O Campeonato Africano das Nações é disputado desde 1957 a cada dois anos. A CAF confirmou o local da próxima edição, que será em 2013 na África do Sul e além disso, oficializou os próximos dois locais: 2015 terá como sede o Marrocos e a Líbia será a anfitriã em 2017. O vencedor deste torneio receberá um convite para a Copa das Confederações 2013. A competição terá transmissão para o Brasil através dos canais ESPN e Esporte Interativo.

Confira a composição de cada grupo e algumas curiosidades a respeito de cada seleção.

GRUPO A:


GUINÉ EQUATORIAL
Como se classificou: país-sede
Melhor participação: nunca disputou
Ranking da Fifa: 151
Técnico: Gílson Paulo (brasileiro)
Estreante na fase final de uma Copa Africana, a seleção de Guiné Equatorial costumava ser uma das mais fracas do continente, mas adquiriu alguma competitividade buscando no exterior (principalmente na Espanha) jogadores com ascendência no país. Rodolfo Bodipo, ex-Deportivo La Coruña e hoje no Las Palmas, e Javier Balboa, ex-Real Madrid e Benfica, atualmente no Beira-Mar, são alguns dos exemplos. A preparação para a CAN foi afetada pela saída do técnico francês Henri Michel, irritado com interferências do ministério dos esportes em seu trabalho. Michel pediu demissão em dezembro, dois meses depois de anunciar sua saída pela primeira vez e voltar atrás. Gílson Paulo, técnico brasileiro de 62 anos, assume em cima da hora com a missão de tentar fazer valer o mando de campo para beliscar a segunda vaga do grupo para as quartas-de-final, o que parece improvável. A aposta é no elemento surpresa: não há registros de confrontos contra os adversários da chave. O elenco de Guiné Equatorial conta ainda com um brasileiro, o goleiro Danilo, do América-PE. Durante os últimos anos, outros brasileiros representaram a equipe, como André "Balada" Neles.

LÍBIA
Como se classificou: melhor segunda colocada (Grupo C)
Melhor participação: vice-campeã em 1982
Ranking da Fifa: 63
Técnico: Marcos Paquetá (brasileiro)
Adversária dos donos da casa no jogo de abertura, a Líbia tem muito a comemorar só por estar na CAN 2012. Poucos acreditavam na classificação, conquistada em um período de revolução no país, o que obrigou a equipe a mandar dois jogos em campo neutro. A vaga foi assegurada já sob a nova bandeira. Por trás do feito está o técnico Marcos Paquetá, campeão mundial sub-17 e sub-20 pelo Brasil em 2003. Repetir o vice-campeonato de 1982, quando o torneio foi disputado na Líbia, está fora de cogitação. Desde então, a única participação foi em 2006, quando o time não passou da fase de grupos. Sem muitos jogadores de nível internacional (o mais relevante é o volante Djamal Mahamat, do Braga), a Líbia tentará surpreender novamente. Vale lembrar que Zâmbia, adversária no grupo, esteve na mesma chave das eliminatórias e não conseguiu vencer os líbios: 1 a 0 em Trípoli e 0 a 0 em Chingola.

SENEGAL
Como se classificou: primeira colocada do grupo E
Melhor participação: vice-campeã em 2002
Ranking da Fifa: 44
Técnico: Amara Traoré (senegalês)
Com sua seleção mais forte desde a surpreendente equipe de 2002, que igualou a melhor participação africana em Copas do Mundo ao alcançar as quartas-de-final, Senegal tem tudo para terminar em primeiro lugar no grupo, aumentando as chances de evitar um confronto com a Costa do Marfim antes da decisão. O potencial ofensivo senegalês impressiona. Basta olhar para nomes como Moussa Sow (Lille), Demba Ba (Newcastle) e Papiss Cissé (Freiburg), que estiveram entre os principais goleadores de 2011 nas ligas europeias. Outros pilares do elenco são os zagueiros Pape Diakhaté (Granada) e Souleymane Diawara (Marseille), o volante Mohamed Diamé (Wigan) e o lateral Armand Traoré (QPR). Nas eliminatórias, os Leões de Teranga superaram um grupo complicado, deixando Camarões e República Democrática do Congo fora da fase final. Foram cinco vitórias e um empate em seis jogos, dominando a chave desde o início. São potenciais candidatos ao título.

ZÂMBIA
Como se classificou: primeira colocada no grupo C
Melhor participação: vice-campeã em 1974 e 1994
Ranking da Fifa: 79
Técnico: Hervé Renard (francês)
Zâmbia tem dois momentos marcantes na história do futebol: a goleada de 4 a 0 sobre a Itália nos Jogos Olímpicos de 1988, com três gols de Kalusha Bwalya, e o acidente aéreo que matou 18 jogadores em 1993, antes de um jogo das eliminatórias da Copa do Mundo. Bwalya, que não estava no voo, comandou os sobreviventes em um impressionante vice-campeonato africano no ano seguinte. Participantes habituais da CAN - só ficaram fora de uma das últimas onze edições - os Chipolopolo (Balas de Cobre) são favoritos no papel à classificação para as quartas-de-final. O técnico francês Hervé Renard, que colocou o país entre os oito melhores da África em 2010, voltou ao cargo no ano passado. Vale a pena ficar de olho em Emmanuel Mayuka, jovem atacante do Young Boys, da Suíça. Aumentam o poder de ataque Chris Katongo e James Chamanga, ambos atuando no emergente futebol chinês. Boa parte da base foi montada através da seleção sub-20 que chegou às oitavas-de-final do Mundial da categoria em 2007.

TABELA DE JOGOS
21/1 - Bata: Guiné Equatorial X Líbia
21/1 - Bata: Senegal X Zâmbia
25/1 - Bata: Líbia X Zâmbia
25/1 - Bata: Guiné Equatorial X Senegal
29/1 - Malabo: Guiné Equatorial X Zâmbia
29/1 - Bata: Líbia X Senegal

GRUPO B:


COSTA DO MARFIM
Como se classificou: primeira colocada do grupo H
Melhor participação: campeã em 1992
Ranking da Fifa: 16
Técnico: François Zahoui (marfinense)
Drogba, Yaya Touré, Kolo Touré, Doumbia, Kalou, Zokora, Eboué, Gervinho... Como explicar o fato de a melhor geração da história da Costa do Marfim ainda não ter conquistado um título? Depois da frustração de 2006, quando perderam a final para o Egito, os Elefantes ficaram cada vez mais distantes da glória continental: eliminados nas semifinais em 2008, novamente pelos Faraós, e nas quartas-de-final em 2010, em uma dramática prorrogação contra a Argélia. Lidar melhor com o favoritismo é uma necessidade para que os marfinenses, que têm no papel a seleção mais forte do torneio, possam cumprir as expectativas e repetir a única conquista até hoje. Em 1992, o título veio contra Gana, em uma decisão por pênaltis que envolveu todos os jogadores em campo (11 a 10). A missão caberá a um técnico local, François Zahoui, depois de seguidas tentativas com estrangeiros - o último deles Sven-Goran Eriksson, que não conseguiu levar o time além da fase de grupos da Copa do Mundo de 2010. Nas eliminatórias, não houve adversários à altura: foram seis vitórias em seis jogos, com 19 gols marcados.

SUDÃO
Como se classificou: segundo melhor segundo colocado (grupo I)
Melhor participação: campeão em 1970
Ranking da Fifa: 112
Técnico: Mohamed Abdalla Ahmed (sudanês)
Forte nas décadas de 50 e 60, e campeão jogando em casa em 1970, o Sudão (um dos quatro fundadores da Confederação Africana) hoje é mero coadjuvante no cenário continental. Será apenas a quarta participação do país na fase final da CAN desde a única conquista. Na última, em 2008, foram três derrotas em três partidas na fase de grupos. Único representante do leste africano no torneio, o Sudão começou as eliminatórias representando um único país, e agora joga por dois - o Sudão do Sul teve sua independência declarada no ano passado. Algo semelhante ao que aconteceu com Sérvia e Montenegro antes da Copa do Mundo de 2006. No elenco, sem estrelas internacionais, destacam-se os meio-campistas Mohamed Osman Tahir e Ala'a Eldin Yousif. Na campanha de classificação, os resultados foram consistentes: foi a única seleção a tirar pontos de Gana, arrancando um 0 a 0 fora de casa, e venceu todos os jogos contra Congo e Suazilândia. Desempenho semelhante pode ajudar a beliscar a segunda vaga do grupo, mas a princípio é zebra.

BURKINA FASO
Como se classificou: primeiro colocado do grupo F
Melhor participação: quarto lugar em 1998
Ranking da Fifa: 62
Técnico: Paulo Duarte (português)
Restando poucos dias para o início da CAN, Burkina Faso vivia a ansiedade por saber se poderia disputar o torneio. Tudo por causa de uma reclamação da Namíbia, que alegava irregularidades no processo de naturalização do defensor camaronês Hervé Zengue. Depois de duas decisões da Confederação Africana favoráveis a Burkina Faso, os namíbios levaram o caso ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), que também rejeitou o protesto. Burkina ficou com o primeiro lugar de um grupo eliminatório que já começou tumultuado, com a desistência da Mauritânia. A dúvida mexeu com a preparação do time comandado pelo português Paulo Duarte, que assumiu o cargo em 2008 e conseguiu a classificação para a CAN de 2010, ficando na fase de grupos. Alguns dos principais jogadores de Burkina Faso atuam no futebol francês, como Jonathan Pitroipa (Rennes), Charles Kaboré (Marseille) e Bakary Koné (Lyon). A principal esperança de gols é Moumouni Dagano, que atua pelo Al Khor, do Qatar. Também sonha com a segunda colocação.

ANGOLA
Como se classificou: primeira colocada do grupo J
Melhor participação: quartas-de-final em 2008 e 2010
Ranking da Fifa: 84
Técnico: Lito Vidigal (angolano)
Sede da edição de 2010, quando caiu nas quartas-de-final, Angola conta com boas individualidades, como os atacantes Djalma, do Porto, e Manucho, do Valladolid. O setor ofensivo ainda é reforçado por Nando Rafael, que optou por Angola após representar seleções de base na Alemanha - hoje, atua pelo Augsburg. O principal nome dos Palancas Negras, porém, ainda é Flávio Amado, autor do único gol do país em uma Copa do Mundo, a de 2006. Flávio, então jogando pelo Al Ahly, do Egito, marcou contra o Internacional na semifinal do Mundial de Clubes daquele mesmo ano. A equipe precisou se recuperar de um início complicado nas eliminatórias, com duas derrotas nos três primeiros jogos (Uganda e Quênia). A classificação só foi garantida na rodada final, graças à vitória sobre Guiné-Bissau e o empate entre ugandenses e quenianos no outro jogo. Apesar de ter um ataque nitidamente superior ao restante do time, Angola tem força suficiente para superar a fase de grupos pela terceira CAN consecutiva.

TABELA DE JOGOS
22/1 - Malabo: Costa de Marfim X Sudão
22/1 - Malabo: Burkina Faso X Angola
26/1 - Malabo: Sudão X Angola
26/1 - Malabo: Costa de Marfim X Burkina Faso
30/1 - Bata: Sudão X Burkina Faso
30/1 - Malabo: Costa de Marfim X Angola

GRUPO C:


GABÃO
Como se classificou: país-sede
Melhor participação: quartas-de-final em 1996
Ranking da Fifa: 77
Técnico: Gernot Rohr (alemão)
O futebol no Gabão vive um momento de euforia após a inesperada classificação da seleção sub-23 para os Jogos Olímpicos de Londres. Jogando em casa, o time principal espera repetir a surpresa e chegar longe no torneio, apesar da chave complicada. Os gaboneses, que enfrentaram o Brasil em novembro em algo parecido com um campo de futebol, têm a espinha dorsal em times da França: o goleiro Ovono (Le Mans), os defensores Apanga (Brest) e Manga (Lorient), os meio-campistas Palun (Nice) e Poko (Bordeaux) e os atacantes Mouloungui (Nice) e Pierre-Emerick Aubameyang (Saint-Etienne). Aubameyang é o mais novo (22 anos) e mais talentoso de três irmãos formados nas categorias de base do Milan. Os mais velhos, Catilina e Willy, não conseguiram um lugar na convocação do técnico Gernot Rohr, finalista da Copa da Uefa com o Bordeaux de Zidane em 1996. O capitão Daniel Cousin já está em fim de carreira, mas ainda é visto como referência no elenco. Repetir a melhor campanha, em 1996, quando superou a fase de grupos, já estaria de bom tamanho para o Gabão. Em 2010, a equipe não conseguiu avançar os mata-matas, mesmo depois de uma vitória sobre Camarões na estreia.

NÍGER
Como se classificou: primeiro colocado no grupo G
Melhor participação: nunca disputou
Ranking da Fifa: 98
Técnico: Harouna Gadbe (nigerino)
O Níger foi a grande sensação das eliminatórias, vencendo um grupo que tinha África do Sul e o atual tricampeão Egito. Na última rodada, a equipe se beneficiou de uma incrível falha dos sul-africanos, que seguraram um 0 a 0 com Serra Leoa desconhecendo os critérios de desempate que os eliminavam. A vaga do Níger foi garantida com 100% de aproveitamento em casa e três derrotas como visitante. Disputando pela primeira vez a CAN, os nigerinos sabem que o principal objetivo é não dar vexame e arrancar os pontos que forem possíveis. O principal expoente do elenco é o atacante Moussa Maazou, que já defendeu o CSKA Moscou e atualmente joga pelo Zulte-Waregem, da Bélgica. Outros jogadores que estão na Europa disputam divisões inferiores. O experiente volante Idrissa Laouali, que atua no futebol de Burkina Faso, é o capitão da equipe. No ataque, dois jogadores representam clubes tradicionais do continente - de países rivais no grupo - Alhassane Issoufou pertence ao Raja Casablanca, do Marrocos, e Daouda Kamilou ao Sfaxien, da Tunísia. Para ajudar a bancar a participação do Níger na competição, com custos totais estimados em 3 milhões de euros, o governo local criou um imposto sobre a telefonia celular. Cada ligação feita no país até o fim da CAN terá um custo adicional de 15 milésimos de euro.

MARROCOS
Como se classificou: primeiro colocado no grupo D
Melhor participação: campeão em 1976
Ranking da Fifa: 60
Técnico: Eric Gerets (belga)
A seleção marroquina aparece como a principal candidata a manter a hegemonia do norte da África na CAN, que já dura quatro edições. Com um técnico experiente e vitorioso, campeão nacional em quatro países diferentes, os Leões do Atlas pintam como favoritos ao primeiro lugar no grupo, o que aumentaria as chances de evitar um confronto com Gana já nas quartas-de-final. Gerets conta com um sistema defensivo sólido, liderado por Benatia (Udinese), um dos zagueiros mais consistentes do futebol italiano, e pelo lateral-esquerdo El Kaddouri, do Celtic. No meio, a criatividade vem de jogadores como Boussoufa (Anzhi), Kharja (Fiorentina) e Taarabt (QPR). O ataque deposita suas esperanças em Youssouf Hadji, do Rennes, e Chamakh, que não vive seu melhor momento - pergunte a um torcedor do Arsenal -, mas tende a crescer com a camisa da seleção. Nas eliminatórias, a equipe não conseguiu marcar em metade dos jogos, mas disparou quatro contra a Argélia em um jogo fundamental para a conquista da vaga. No papel, é uma seleção capaz de chegar no mínimo às semifinais. Vencer o clássico com a Tunísia na estreia é fundamental para evitar uma pressão maior para o segundo jogo, contra os donos da casa.

TUNÍSIA
Como se classificou: segunda colocada no grupo K
Melhor participação: campeã em 2004
Ranking da Fifa: 60
Técnico: Sami Trabelsi (tunisiano)
A Tunísia é aquela seleção que sempre chega, mas raramente vence. A exceção foi a edição de 2004, disputada no país. O técnico Sami Trabelsi sabe bem do que se trata: teve vasta experiência como jogador, participando de três CANs (1996, 1998 e 2000) e da Copa do Mundo de 1998, na França. Os tunisianos deram vexame em 2010, terminando em último no grupo, e por pouco não ficaram fora em 2012. Nas eliminatórias, Trabelsi assumiu no meio da campanha e a classificação só veio na última rodada, graças à vitória por 2 a 0 cima do Togo e ao tropeço de Maláui (2 a 2) contra o Chade. Os resultados deixaram o time em segundo lugar, atrás da zebra Botsuana. A equipe que disputará a Copa Africana tem como base o campeão africano de clubes, o Espérance, que cedeu seis jogadores. Destaque para Oussama Daragi, eleito o melhor jogador em atividade no continente em 2011. Boa parcela do elenco tem experiência na Europa: Haggui (Hannover), Jemal (Colônia), Jemaa (Auxerre), Allagui (Mainz) e Chermiti (Zürich) são alguns dos exemplos. Apesar de ser, no papel, a segunda força do grupo, a irregularidade do time e o fato de enfrentar o Gabão na última rodada em um jogo que pode ser decisivo são razões para ficar com um pé atrás.

TABELA DE JOGOS:
23/1 - Libreville: Gabão X Níger
23/1 - Libreville: Marrocos X Tunísia
27/1 - Libreville: Níger X Tunísia
27/1 - Libreville: Gabão X Marrocos
31/1 - Franceville: Gabão X Tunísia
31/1 - Libreville: Níger X Marrocos

GRUPO D:


GANA
Como se classificou: vencedora do grupo I
Melhor participação: campeã em 1963, 1965, 1978 e 1982
Ranking da Fifa: 29
Técnico: Goran Stevanovic (sérvio)
Depois do título mundial sub-20 em 2009, os Estrelas Negras foram finalistas da CAN em 2010 e chegaram às quartas-de-final da Copa do Mundo. Os resultados recentes credenciam Gana a brigar pelo título, apesar da ausência de figuras importantes como Michael Essien e Kevin-Prince Boateng, que deram um tempo na seleção para se concentrar nos clubes. Com uma geração jovem em ascensão, Gana busca acabar com um jejum de 30 anos no torneio. Um dos trunfos do time comandado por Stevanovic é sua defesa, acima da média das seleções africanas - apenas um gol sofrido nas eliminatórias. Nomes como John Mensah e Vorsah são garantias de segurança na retaguarda. Entre os meio-campistas, olho em Agyemang-Badu e Kwadwo Asamoah, boa dupla da Udinese. Na frente, o goleador Asamoah Gyan tem a companhia dos irmãos André e Jordan Ayew, do Olympique de Marseille. Os dois são filhos de Abedi Pelé, maior jogador da história do país.

BOTSUANA
Como se classificou: vencedora do grupo K
Melhor participação: nunca disputou
Ranking da Fifa: 96
Técnico: Stanley Tshosane (botsuanense)
Surpresa ao terminar em primeiro lugar na chave que tinha equipes mais credenciadas, como Tunísia, Maláui e Togo, a seleção de Botsuana supera a falta de grandes figuras com um jogo coletivo sólido. Em oito jogos classificatórios, só teve a meta vazada três vezes. Méritos da defesa chefiada pelo goleiro Modiri Marumo e os entrosados zagueiros Thuma e Letsholathebe. Botsuana ainda tem em Jerome Ramatlhakwane um candidato a revelação do torneio. O pequeno atacante, pesadelo dos narradores, marcou cinco vezes nas eliminatórias, sempre decidindo jogos. O problema é que o resto do time, somado, produziu apenas dois tentos. Em uma chave que não tem um favorito claro para o segundo lugar, tudo é possível. A inexperiência neste nível pode ser um fator complicador, mas o futebol apresentado no caminho até a CAN mostra que vale a pena sonhar com a classificação - mesmo que a equipe seja a mais fraca tecnicamente do grupo.

MALI
Como se classificou: vencedora do grupo A
Melhor participação: vice-campeã em 1972
Ranking da Fifa: 67
Técnico: Alain Giresse (francês)
Em fase de transição, Mali não conta mais com a liderança e os gols de Kanouté, e se apresenta à CAN com uma seleção cercada de desconfianças, apesar de competitiva. Nas eliminatórias, classificou-se com dificuldades em um grupo com Zimbábue, Cabo Verde e Libéria. A vaga foi alcançada sobre os caboverdianos em virtude do confronto direto. Seydou Keita, do Barcelona, é o nome mais conhecido do elenco dirigido por Giresse, que tem mais da metade dos convocados atuando no futebol francês. A dupla de ataque formada por Diabaté (Bordeaux) e Maiga (Sochaux) terá a missão de levar Mali pelo menos às quartas-de-final. Repetir as semifinais de 2002 e 2004 já seria algo além das expectativas. A renovação do meio-campo, que já teve expoentes como Mahamadou Diarra e Mohamed Sissoko, é pouco satisfatória. A defesa sofre com a falta de proteção e foi o ponto fraco da equipe nas eliminatórias. Algo que deve minar as chances de uma grande campanha no torneio.

GUINÉ
Como se classificou: vencedora do grupo B
Melhor participação: vice-campeã em 1976
Ranking da Fifa: 79
Técnico: Michel Dussuyer (francês)
Guiné venceu o grupo que tinha a Nigéria e garantiu seu retorno à CAN, após ficar fora em 2010. Nas três edições anteriores, havia alcançado as quartas-de-final, e agora espera repetir o feito. O elenco foi renovado, mas ainda tem boas doses de experiência, com jogadores como Pascal Feindouno, Bobo Baldé, Ibrahima Yattara e Ismael Bangoura. A desistência do bom meio-campista Kevin Constant, do Genoa, foi um golpe inesperado para o técnico Michel Dussuyer. Guiné costuma jogar um futebol voltado ao ataque (13 gols em 6 jogos nas eliminatórias), bonito de se assistir, mas a defesa paga seu preço. É bom ficar de olho em Ibrahima Traoré, meia-esquerda de 23 anos que atua pelo Stuttgart. Traoré foi o herói da classificação, ao marcar o gol do empate por 2 a 2 com a Nigéria no último minuto. O resultado da estreia contra Mali será determinante para as chances de seguir na disputa.

TABELA DE JOGOS:
24/1 - Franceville: Gana X Botswana
24/1 - Franceville: Mali X Guiné
28/1 - Franceville: Botswana X Guiné
28/1 - Franceville: Gana X Mali
1/2 - Libreville: Botswana X Mali
1/2 - Franceville: Gana X Guiné

QUARTAS DE FINAL
4/2 - Bata: 1° Grupo A X 2° Grupo B (1)
4/2 - Malabo: 1° Grupo B X 2° Grupo A (2)
5/2 - Libreville: 1° Grupo C X 2° Grupo D (3)
5/2 - Franceville: 1° Grupo D X 2° Grupo C (4)

SEMI FINAIS
8/2 - Bata: Ganhador 1 X Ganhador 4 (5)
8/2 - Libreville: Ganhador 2 X Ganhador 3 (6)

DISPUTA DE 3º E 4º LUGAR
11/2 - Malabo: Perdedor 5 X Perdedor 6

FINAL
12/2 - Libreville: Ganhador 5 X Ganhador 6
TODOS OS CAMPEÕES

ANO - SEDE - CAMPEÃO
1957 - Sudão - Egito
1959 - Egito - Rep. Árabe Unida (Egito e Síria)
1962 - Etiópia - Etiópia
1963 - Gana - Gana
1965 - Tunísia - Gana
1968 - Etiópia - Rep. Dem. Congo
1970 - Sudão - Sudão
1972 - Camarões - Congo
1974 - Egito - Zaire
1976 - Etiópia - Marrocos
1978 - Gana - Gana
1980 - Nigéria - Nigéria
1982 - Líbia - Gana
1984 - Costa do Marfim - Camarões
1986 - Egito - Egito
1988 - Marrocos - Camarões
1990 - Argélia - Argélia
1992 - Senegal - Costa do Marfim
1994 - Tunísia - Nigéria
1996 - África do Sul - África do Sul
1998 - Burkina Faso - Egito
2000 - Gana/Nigéria - Camarões
2002 - Malí - Camarões
2004 - Tunísia - Tunísia
2006 - Egito - Egito
2008 - Gana - Egito
2010 - Angola - Egito
2012 - Gabão/Guine Equatorial -

FONTE: SITE CONFEDERAÇÃO AFRICANA DE FUTEBOL, SITE ESPN.COM.BR - BLOG DO JORNALISTA LEONARDO BERTOZZI, BLOG PERIODISMO DE FÚTBOL INTERNACIONAL DO JORNALISTA PABLO GERALDES E ARQUIVO PESSOAL

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