A Uefa decidiu nesta sexta-feira admitir Gibraltar como seu 54º membro de pleno direito (já havia sido admitido de maneira provisória em outubro de 2012) e pode ter iniciado uma guerra política com a Espanha, que ameaça até boicotar as competições da entidade exigindo, por exemplo, que os gigantes Barcelona e Real Madrid não disputem a Champions League. A possibilidade de boicote foi revelada pelo "The New York Times", pouco antes de a decisão ser tomada no Congresso Ordinário da Uefa que está sendo realizado em Londres, na Inglaterra, cidade que neste sábado receberá a final do principal torneio de clubes do continente entre Borussia Dortmund e Bayern de Munique. Em outubro de 2012, a Associação de Futebol Gibratarenha (GFA, na sigla em inglês) já havia sido admitida como membro provisório, o que incomodou demais o país ibérico. Na decisão de agora, no entanto, a Uefa tomou o cuidado de determinar que Gibraltar não enfrentará a Espanha em fase eliminatória de torneios. Informações ainda não oficiais dão conta de que foram apenas dois votos (de 53) contra o ingresso de Gibraltar na Uefa, um, claro, da Espanha, e outro da Bielorrússia. Gibraltar luta por seu reconhecimento desde 1997. A Espanha sempre foi contra porque reivindica a posse da pequena península britânica que fica encrustada em seu território - a população gibraltina é contra a incorporação à Espanha. Até hoje, a única experiência internacional de Gibraltar é a participação na fase de classificação para a Eurocopa de 2014 de futsal, o que aconteceu graças ao reconhecimento até então provisório. Desde então, a GFA iniciou a campanha "Estamos preparados". Além de Barcelona e Real Madrid, o Atlético de Madri também já garantiu vaga na próxima Champions League. Mais três clubes do país disputarão competições da Uefa na temporada 2013/2014: um entrará na fase eliminatória da própria Champions e outros dois na Liga Europa.
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